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Bem Vindos ao Vale

quinta-feira, 22 de março de 2012

Venha visitar o vale



Aguapeí-mirim em língua indígena que significa um afloramento d`água que os índios pensavam ser uma nascente, nome que originou Guapimirim. Local que servia de povoado no recôncavo da Baía de Guanabara, então habitada pelos Índios Tamoios. Denominado pelos índios que viviam em torno de uma nasacente na região do Vale das Pedrinhas, que significa Nascente Pequena. Vale das Pedrinhas, onde se localizam os sambaquis (estruturas arqueológicas dos antigos habitantes da planície litorânea que ocuparam esta faixa geográfica, datam, provavelmente de 8.000 (oito mil) anos, foram identificados no ano de 1975, aldeamento Tupi-Guarani, além dos Timbiras, Tupinambás e Tamoios.) Com a chegada dos portugueses, os Timbiras subiram a serra e descobriram o rio Guapimirim, que deu nome ao município, e era por onde as tropas (tropeiros) passavam, levando mercadorias para o sertão das Minas Gerais e, traziam de lá ouro e pedras preciosas. Os primeiros registros datam de 1674 e falam de um povoado as margens do rio Guapimirim, abençoado pela Igreja de N. Sra. D’Ajuda, primeira igreja construída na região. Destruída e reconstruída em 1753. Patrona de todas as Igrejas do Município).
 
» Igreja de N. Sra D`Ajuda - ano 1700
 
  
 
  
 
No final do século XVIII surgiu o povoado de Santana, ponto onde as caravanas de viajantes e desbravadores, que seguiam em direção a Teresópolis, paravam. O lugar chamava-se Porto Modelo. Iam ao lombo de burros, e ali dormiam, bebiam água pura, comiam, rezavam na capela de Santana do Bananal onde muitos morriam de febre de todos os tipos, sendo então enterrados no cemitério do Bananal, que ficava no caminho dos animais e das tropas que ultrapassavam a serra levando-os pelas trilhas sertanejas para as Minas Gerais. Nessa época surge também o povoado da Barreira, a origem desse nome deve-se ao fato de ali ter sido instituído o primeiro pedágio em terras brasileiras por D. Pedro I, onde está localizada a Igreja de N. Sra. da Conceição 1713 (Localizada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos em uma pequena ilha que se forma pela queda do Rio Guapi, envolvida por densa vegetação do Parque Nacional da Serra do Órgãos. A sua frente estende-se um terreno formado por muros de arrimo que serve de adorno. O caminho que dá acesso à capela era o antigo leito da estrada de ferro que ligava o cais de Piedade a Teresópolis). Tombada pelo Iphan, é outro valioso patrimônio histórico-artístico-cultural, também recentemente restaurada e que mantém preservadas as características originais.
 
» Igreja de N. Sra da Conceição - ano 1713
 
 
.....vista do muro já restaurada
vista da ponte
 
O Centro de Visitantes Von Martius - um casarão do inicio do século XIX, que foi a sede de uma antiga fazenda da região (Fazenda da Barreira). Recentemente restaurado, preserva as características originais da arquitetura da época e é cercado de belezas naturais da Mata Atlântica. Recebeu este nome por ter abrigado aqui o naturalista alemão Karl Friedrich Von Martius durante a expedição científica que produziu valiosos trabalhos na área de Botânica. Atualmente o Centro de Visitantes dispõe de auditório equipado de aparelhos de TV e vídeo, banco de informações sobre temáticas ambientais e videoteca composta de coleções de produções voltadas à educação ambiental.
O casarão também abrigou a Princesa Izabel e o Conde d´Eu, o Imperador D. Pedro II .
 
» Centro de Visitantes Von Martius
 
 
 
 
» Saiba mais sobre Karl Friedrich von Martius, 1794-1868 
 
Na Fazenda da Barreira, em 1844, através de serviço do Ministério da Agricultura do Império, deu-se início ao cultivo da “Quina Calisaia” com a implantação de sementeiras, chegando a ser registrado 12.000 pés da planta, tendo um papel importante no fornecimento de quina ao Exército Brasileiro durante a guerra do Paraguai.

“A Barreira” (o nome): Esta é uma região por onde passavam tropeiros, levando mercadorias para o sertão de Minas Gerais e traziam de lá ouro e pedras preciosas, consolidando a famosa rota do ouro que cortava a Serra dos Órgãos até o Alto Soberbo. No Século XVIII, bem próximo de onde hoje está a Igreja de N.Sra. da Conceição, o Império determinou a instalação de um pedágio, o primeiro do Brasil, um tipo de barreira alfandegária, daí o nome Barreira.

A trilha das ruínas é um atrativo natural recentemente descoberto pela equipe de arqueologia da UFRJ , e está em processo de escavação, mas há informações e levantamentos que indicam ter sido uma estação de tratamento do plantio da Quina.
 
» A histórica linha férrea
 
Alguns remanescentes da ferrovia ainda se encontram nesta região. O leito da linha do trem aparece em alguns pontos do bairro, como o pontilhão em frente à Igreja de N.S. da Conceição. O trecho da estrada de ferro que ligava Guapimirim à Teresópolis foi construído em duas etapas. O primeiro trecho, que ligava o centro de Guapimirim à Barreira foi inaugurado em 1904. A segunda parte, da Barreira ao Alto Soberbo, em 1908. Com as políticas de erradicação de ramais ferroviários deficitários, além da pressão internacional da indústria automobilística e com o andamento das obras da rodovia (BR116), inaugurada em 1959, o trem corta a serra pela ultima vez em 9 de março de 1957. Ao contrário do que alguns acreditam, não foram os acidentes na serra que contribuíram para a extinção da ferrovia. Mesmo porque foram pouco significativos.
 
» Guapimirim, nosso orgulho
 
Nosso município, com 345 km2, tem de 70% de área preservada protegida por Unidades de Conservação. Nossos rios ainda oxigenam grande parte da Baía de Guanabara, o que nos dá orgulho e nos faz pensar que ainda há tempo de se preservar o planeta.

O Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), localizado no bairro Paraíso, já recebeu a visita ilustre da Rainha Elizabeth II da Inglaterra. Lá está preservado o esqueleto do célebre “Macaco Tião”. Abriga também alguns espécimes de Mono Muriqui (ou Mono Carvoeiro), o maior primata das Américas, que só é encontrado na nossa Mata Atlântica e está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra. Na língua tupi Muriqui significa “povo manso da floresta”, pois os indivíduos são bastante sociáveis entre si. São vistos se abraçando com bastante freqüência.

Do Alto Soberbo podemos ver a Baía de Guanabara e os belos picos da Serra dos Órgãos (Escalavrado, Dedo de N. Senhora, Boca de Peixe e Garrafão), com destaque para o Dedo de Deus, denominado pelos indígenas de “Pua-Tupã”. Nas suas encostas existiu o quilombo da Serra, onde sobressaiu a luta de uma escrava chamada Maria da Conceição, a Maria Conga. O Dedo de Deus mede 1.695 m de altura e, de acordo com a base cartográfica do IBGE, está dentro do território de Guapimirim, sendo considerado o símbolo do alpinismo brasileiro.
 

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